03 dezembro 2007

Reencarnação de suicidas - Dra Giselle Fachetti

O processo reencarnatório é sempre complexo e fruto de minucioso planejamento. Ao tomarmos conhecimento do nascimento de um novo habitante da superfície terrestre devemos ter a consciência do enorme esforç o engendrado não só no plano material, mas também no invisível, para que esse “milagre” seja uma realidade.

As crianças nos demonstram concretamente a confiança de Deus nos seres humanos. Elas são a prova da misericórdia Divina que nos resgata incansavelmente das trevas e suplícios em que nos afogamos repetida e propositadamente. 

E, essa mesma misericórdia é a fonte que nos ilumina com a luz morna do dia, que nos invade os olhos infantis curiosos, quando os abrimos pela primeira vez no mundo físico.pastor

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte,

não temeria mal algum, porque tu estás comigo;

a tua vara e o teu cajado me consolam.

Salmos 23:4

Apesar de um longo e penoso trânsito pela erraticidade os espíritos vítimas de si mesmos, geralmente, não têm condições de presidir a construção de um corpo físico saudável durante seu processo reencarnatório.

A disposição integral dos recursos intelectuais e físicos, amealhados preteritamente por aqueles filhos de Deus, pode ser necessária ao completo êxito de sua missão terrena. Por isso, a espiritualidade responsável por esses pacientes se empenha no tratamento das suas mazelas, através da medicina astral, mesmo quando são frutos da imprudência e do orgulho.

Assim, eles poderão chegar um pouco melhores à terra, e então, terão, por sua vez, a magnífica oportunidade de retribuir ao Criador tamanha benção, colaborando com seus contemporâneos em seu progresso como cidadãos.

Uma das causas mais freqüentes de debilidade e deformidade do corpo espiritual é a desagregação energética induzida pelo auto-extermínio. As lesões do corpo espiritual são ainda mais severas do que aquelas que desvitalizaram o corpo físico. Não atingem apenas o sistema mental do desencarnado, toda a complexa estrutura perispiritual é comprometida.

suicidaSua delica da tessitura é impregnada pelas energias deletérias que causaram, primariamente, o auto-extermínio e por aquelas que se originaram dele. Os componentes unitários do tormento com que se deparam os suicidas são: Dores intensas, de teor moral e físico, acrescidas do desespero de se encontrar vivo após a morte, revolvidas com o cimento da culpa.

Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores;

ali haverá pranto e ranger de dentes.

Mateus 25:30

E sentindo-se servos inúteis reconhecem a justiça de seu tormento imediatamente após o desenlace traumático do corpo físico. Entretanto, a falta de equilíbrio que os caracterizou em vida, os persegue no além túmulo. Crises subintrantes de arrependimento e desespero se sucedem, como se fossem continuar indefinidamente.

Não dispõem de recursos íntimos para atenuarem esse estado de dentro para fora. A prece é impronunciável para eles, sem que entendam o porquê dessa afasia seletiva. É, na realidade, a autopunição que se segue à culpa demolidora.

Querem, e cultivam a dor por ilusão da purificação. Assim o fizeram por milênios e, assim, se conduzem quase que reflexamente.

Interromper esse processo depende de uma fagulha de esperança em seus corações petrificados. Fagulha insignificante, mas perceptível aos benfeitores do além, que nesse momento crítico, de olhar hesitante e frágil voltado para os céus, os acodem e recolhem às instituições caridosas do invisível.

Esse é apenas o primeiro passo em direção á reencarnação libertadora e reconstrutora. Muitos serão necessários.

Os abnegados servidores do cristo que os acolheram, oferecem a eles os medicamentos espirituais mais avançados. Todos eles repletos de um principio ativo que se habituaram a negligenciar em suas numerosas existências físicas pregressas.

rosto-sereno-de-jesusÉ o amor temperado com energias de diferentes ordens, mas também sublimes e retificadoras em sua essência.

Os amigos encarnados atuam expressivamente nesse processo, fornecendo a matéria mais densa para que os cirurgiões do espaço refaçam a delicada anatomia do corpo astral  desses pobres desvalidos.

Suturas, drenagens, condutoplastias, inúmeros procedimentos são executados para a melhor recuperação possível de pacientes tão especiais.

Uma vez que se encontrem anatomicamente recuperados (relativamente) serão guiados aos estudos. Não é um processo rápido. A formação de que necessitam é longa, didática e transformadora.

Nas aterradoras crises de confiança são restabelecidos pela doação de energia salutar dos seus colegas em melhores condições.

Começam a se doar uns aos outros, aos próximos bem próximos. Em um momento socorrem e no seguinte são socorridos. Estão ainda em uma montanha russa íntima. No seu ápice acumulam forças para enfrentarem os vales.

Aos poucos estudam suas existências anteriores e os motivos que os levaram ao desespero. Isso é oferecido a eles de uma forma tal que possam se distanciar o suficiente para que entendam e relembrem da dor, sem serem cegados e confundidos por ela.

Com esse método podem identificar mecanismos de defesa impróprios e padrões de comportamento com tendência à recorrência.

Quando conseguem elaborar, ou melhor, metabolizar seu passado são transferidos às escolas gerais. Necessitam do convívio com todos os outros espíritos. Nesta fase já podem ajudar necessitados de outros matizes.

Trabalham em funções diversas, sempre iniciando pelas mais simples. São felizes por terem a oportunidade de realizar pequenas obras. Não são cotrabalho no mundo espiritualbrados para erigirem grandes monumentos, pois para muitos deles o orgulho e o poder foram a passarela condutora à derrocada.

Décadas eles despendem nessas escolas, e o tempo todo, são ajudados, escorados, impulsionados pelo amor dos benfeitores espirituais. Muitos  são pais, mães, filhos de outras épocas.

A maioria, entretanto, são os seus inimigos do passado, já refeitos dos vícios morais mais limitantes, que hoje agradecem a possibilidade de resgatarem seus débitos cármicos no trabalho junto aos, transitoriamente, mais frágeis.

Ao mesmo tempo em que se recuperam auxiliam no progresso de seus educadores.

O treinamento prossegue, posteriormente, em frentes de trabalho mais densas e perigosas, verdadeiros testes de fidelidade em relação aos exércitos do Cristo. Aprendem a amar o diferente, o ignorante e o demente. Vêem nestes irmãos o reflexo de seu passado recente.

A última fase preparatória para a reencarnação dos antigos suicidas é a elaboração do projeto reencarnatório. Por mais que tenham obtido algum grau de recuperação da anatomia de seu corpo espiritual, as lesões que a essa estrutura foram impostas pela auto-agressão ainda serão máculas indeléveis no plano espiritual.

jesusabracaMesmo que sejam imperceptíveis aos olhos dos próprios portadores elas carrearão, necessariamente, ao corpo físico as mensagens de alerta de um passado que não deve ser revivido.

Serão limitações congênitas de graus variáveis, doenças crônicas severas com crises intermitentes e curtos períodos de acalmia. Insuficiências orgânicas diversas e possivelmente múltiplas.

Essas doenças graves os açoitarão, na vida física, relembrando-os dos compromissos assumidos e, também, cumprindo o papel de verdadeiros exaustores biológicos na drenagem das energias perniciosas e densas de uma qualidade tal que apenas podem ser expurgadas no trânsito pela matéria.

O amor vivido em sua plenitude os livrará das dores inúteis. Aquelas necessárias foram discutidas durante a sua preparação pré-encarnatória e devem ser vividas resignadamente, mesmo quando extremamente dolorosas. A luta pela vida é o exercício diário necessário para que desenvolvam os meios de evitarem novas quedas.

Os amigos espirituais os acompanharão em toda a sua existência física, oferecerão o suporte e consolo diante das suas fraquezas. E a cada obstáculo que venham a superar, mais fortes se encontrarão.

Não mais suicidas serão, mas, ex-suicidas, dispostos ao trabalho retificador em prol do seu próprio progresso. Serão, também, luzes nos rodapés dos longos e tortuosos corredores da existência infeliz de seus semelhantes, daqueles ainda cegos à luz redentora do Cristo.

Giselle Fachetti Machado

07 outubro 2007

Abortos Aparentemente Espontâneos Provocados Mentalmente pela Mãe - Dr. Ricardo di Bernardi


Já comentamos o imenso potencial energético que nós seres humanos possuímos. O potencial psicocinético, que é capaz de mover objetos próximos ou à distância, pela força de nossos pensamentos, atua também sobre as energias sutis que unem o embrião à textura energética do psiquismo fetal.
Chevalier e Hardy dois eminentes pesquisadores franceses utilizaram um aparelho chamado “gotejador psicocinético” que comprovou em laboratório a ação mental sobre as moléculas da água. Trata-se de um aparelho onde uma fonte goteja sobre uma lâmina, dividindo a gota de tal forma que os dois compartimentos abaixo se enchem de água em tempos rigorosamente iguais. Portanto, um aparelho de precisão física. Verificou-se que “sensitivos” ou “sujets”, para utilizar a linguagem dos eminentes pesquisadores, ao se concentrarem mentalmente desviavam a gota, fazendo com que o compartimento à direita ou à esquerda conforme solicitado, crescesse mais em volume de água.
Experiência esta muito estudada, também, pelo psicobiofísico brasileiro Prof. Henrique Rodrigues.
As ações mentais de uma “gestante” também possuem propriedades psicocinéticas e podem ter profunda repercussão sobre as ligações energéticas do espírito reencarnante com o seu embrião.
Há mães que odeiam o fato de estarem grávidas. Seja pelas circunstâncias dolorosas que motivaram a gravidez, seja pela dificuldade de relacionamento com o esposo que a gestação lhes ocasiona, ou ainda pela situação de penúria econômica em que se situam, antevêem uma agravação da situação pelo estado em que se encontram.
Seja qual for o motivo, desde os mais complexos até a mais simples vaidade, o fato é que a situação existe com relativa freqüência. As experiências de regressão de memória efetuadas nas “Terapias de Vivências Passadas”- TVP ou por outros motivos, tem nos dado valiosos subsídios no estudo da influência mental da gestante sobre o feto.
Além de abortos, a postura monoideística (idéia fixa) materna pode determinar repercussões psicológicas diversas sobre o ser em vias de renascimento. Sentimento de abandono ou carência afetiva são comuns em crianças, jovens e até em adultos que sofreram este tipo de influência materna.
Muitos renascimentos tem origem na necessidade de harmonização de desafetos passados. A oportunidade do vínculo familiar, e do véu de esquecimento do pretérito é um recurso que os amigos espirituais utilizam para a reaproximação das criaturas. O intercâmbio energético materno-fetal será cada vez mais valorizado pela ciência médica que, excetuando alguns raros profissionais, não crêem que um “ser” em formação, sem cérebro desenvolvido, tenha capacidade de registrar as emoções maternas. Só o conhecimento da existência do Espírito abrirá as portas para a compreensão deste problema
Trabalhemos...

Dr. Ricardo Di Bernardi rhdb11@terra.com.br
ICEF –Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis
Ricardo Di Bernardi é presidente do ICEF, palestrante espírita internacional e autor de vários livros, entre eles, Gestação - sublime intercâmbio, Dos Faraós a física quântica, Reencarnação e evolução das espécies.

29 setembro 2007

Gravidez sem feto - Dra Giselle Fachetti

Diversas publicações psicografadas, através de médiuns sérios, nos esclarecem que algumas das gravidezes que terminam em aborto são utilizadas como um dos meios terapêuticos do qual a espiritualidade se utiliza para recuperação de espíritos com risco de ovoidização, ou ainda, para a recuperação daqueles portadores de deformidades severas do perispírito.

O trânsito pela matéria, ainda que fugaz, permite a reestruturação do corpo espiritual. Os mecanismos de miniaturização e amnésia envolvidos no processo permitem o reequilíbrio de espíritos em sofrimento, principalmente naqueles vítimas de dores de tamanha intensidade que são tomados por estados de desagregação mental severa com grande risco de implosão do corpo espiritual.

Tal morbidade espiritual é também chamada de segunda morte, ou ovoidização. É descrita tanto por André Luiz no Livro Evolução em Dois Mundos, quanto por Adamastor no excelente livro, Ícaro Redimido, psicografado pelo médium mineiro Gilson Freire.

Se uma experiência aparentemente traumática e frustrante, como o abortamento espontâneo, pode ser utilizada para benefício dos sofredores, por que permitiria Deus, que esse aspecto fosse desprezado, enquanto inúmeros espíritos necessitam da abençoada terapia do choque físico?

Sabemos que ocorrem 90 milhões de nascimentos por ano no mundo e 60 milhões de abortamentos entre os espontâneos e os provocados. A energia mobilizada nesses processos dolorosos é imensa e tem utilidade não só para os envolvidos fisicamente no processo, mas também, para os que precisam recuperar anatomia do seu perispírito.

Nestes casos, mesmo havendo a influencia do campo morfogenético do espírito reencarnante, a formação do corpo físico fica prejudicada pelo grau de deformidade que esse principio estruturador apresenta.

Gravidezes nestas circunstâncias geram embriões e fetos com deformidades que são incompatíveis com a vida física, muitas vezes mesmo que a carga genética seja absolutamente normal. Por isso temos cerca de 10 a 20 por cento de abortamentos em gravidezes clinicamente detectadas.

Do ponto de vista médico existirão diversas explicações para o desenvolvimento inadequado do concepto e sua posterior eliminação. Doenças genéticas, teratogenicidade induzida por fatores ambientais, tais como infecções e medicamentos, alterações imunológicas, distúrbios do metabolismo enzimático e protéico.....

Tais explicações são absolutamente verdadeiras do ponto de vista material, mas a causa dos abortamentos espontâneos vai além da questão física. O espírito, que deveria presidir a formação de um novo corpo físico, traz em sua complexidade morfológica as deformidades que se transmitirão por ressonância mórfica ao seu duplo físico.

Em algumas entidades tal é a deformidade que apresentam que não são capazes de induzir a matéria a mais do que uma proliferação desordenada e agressiva de tecido sincicial como observamos nos casos de mola hidatiforme.

Os espíritos parasitas que se habituaram por séculos a extrair energias vitais de seus parceiros obsedados, os quais cumpriam sua penosa caminhada terrena, não mais do que essa capacidade podem oferecer aos tecidos cuja neoformação induziram.

Uma vez tratada a doença e eliminadas as células agressivas do organismo materno, a fonte de exploração seca. E, então, o parasita é forçado a obter energias da sua própria economia fisiológica.

Neste momento crucial ele é capaz de vislumbrar flashes de consciência, que se reforçados pela energia amorosa da família que sofreu a perda com resignação e esperança, servirão de combustível para o seu desabrochar definitivo como espírito consciente, o que já foi antes de afundar no charco de seu desespero.

Portanto, apesar de ser possível em situações excepcionais, a existência de gestações sem que haja espíritos a elas destinados, essa situação é raríssima. Rara, pois que a espiritualidade superior é extremamente organizada e procura não perder nenhuma oportunidade de realizar o bem.

E ainda, quando isso excepcionalmente acontece, tenhamos a certeza que não se formará um sistema orgânico perfeito e funcional, pois tal não é possível sem a influência de um espírito com sua estrutura fisiológica minimamente adequada.

Serão no máximo as gravidezes anembrionadas e mais freqüentemente os microabortos, que ocorrem de forma até imperceptível ao diagnóstico clínico.

Sabemos que cerca de 70 % dos ovos são perdidos sem que cheguem a gerar gravidez clinicamente detectável. Isto sim, ocorre por não haver espírito determinado para encarnação naquela oportunidade.

Hoje, podemos esclarecer melhor, o que foi genericamente abordado no Livro dos Espíritos. Naquela época sequer se conheciam as diversas possibilidades em termos de causas orgânicas de abortamento e teratogênese. Daí por que houve uma resposta essencialmente genérica. Agora, entretanto, já temos condições de nos depararmos com verdades mais profundas.

Entre os natimortos alguns haverá que
não tenham sido destinados à encarnação de Espírito?

“Alguns há, efetivamente,
a cujos corpos nenhum espírito esteve destinado.
Nada tinha que se efetuar para eles.
Tais crianças então só vem por seus pais.”


A utilidade desse conhecimento se faz pelo objetivo primordial de valorização da vida, quer ela progrida, ou não, além das barreiras do ventre materno. Qualquer que seja a duração de uma gravidez, ela deve ser vivida com amor.

Os pais devem saber que o amor que transferem ao espírito que foi espontaneamente abortado, ao portador de deformidade física incompatível com a vida, ao deficiente, é o medicamento abençoado que os curarão da morbidez que longamente carregam, em função de seus próprios delitos, mas que por caridade Divina tem essa oportunidade impar de tratamento reestruturador.

Se o amor e a aceitação impregnam as entranhas maternas que acolhem o doente frágil em internação de caráter intensivo, emergencial e, na maioria das vezes, compulsória, o resultado só pode ser o milagre da recuperação plena da anatomia espiritual.

Repercussões ainda mais significativas ocorrem como resultados dessas experiências marcantes. Em um futuro breve a família que sofreu com a perda inesperada, pode ser presenteada com uma linda criança, para que cresça sob sua guarda. Criança esta agradecida e doutrinada para o bem, já que aprendeu pelo exemplo e pelo sentimento.

A redoma de amor que se formou durante a gravidez frustrada permanece incubando o ex-sofredor e protegendo-o em sua nova fase. É um reservatório energético que o conduz firmemente através das desventuras que terá que atravessar, ainda no mundo espiritual, para ser digno de uma outra oportunidade reencarnatória, agora passível de êxito do ponto de vista de realizações cristãs.

Ele, após essa sublime transfusão energética recuperadora do seu corpo espiritual debilitado, passa a captar as instruções superiores e consegue, finalmente, fortalecer-se no caminho do bem. Bem que o conquistou nesse breve período de terapia intensiva que é denominada pelos servidores imateriais do Cristo como choque físico de amor.

22 setembro 2007

Fecundação: início da formação de um novo ser - Dra Cristiane Assis

O ser humano sempre teve curiosidade sobre os mistérios da vida. Com as descobertas científicas, em particular a do microscópio, o homem foi capaz de vislumbrar o momento do encontro entre óvulo e espermatozóide, ao qual denominou fecundação. A explosão de vida que surge desse encontro surpreendeu e surpreende até hoje. O surgimento de um ser único e com identidade genética própria, a partir do simples encontro de duas pequenas células, é algo que deixa qualquer um deslumbrado.
Porém, informações que nos são dadas pela generosidade dos amigos do plano espiritual mostram que tal encontro não é tão simples assim. Inúmeros são os fatores que envolvem o retorno de um espírito ao corpo físico e para observá-los o homem ainda não foi capaz de desenvolver instrumentos adequados.
Falaremos sobre as gestações que envolvem um espírito reencarnante, deixando para abordar as fecundações sem espíritos quando comentarmos sobre as complicações da gravidez.
Não existe fórmula fixa para a reencarnação. André Luiz nos lembra que acreditar que existe uma técnica invariável no serviço reencarnatório seria a mesma coisa que dizer que a forma de morrer é única para todas as pessoas. A reencarnação pode envolver grandes planejamentos ou ocorrer de forma compulsória, dependendo da evolução e grau de merecimento do ser reencarnante. Em Entre a Terra e o Céu , o Ministro Clarêncio explica a André Luiz que milhares de renascimentos na Terra ocorrem de maneira automática, bastando para isso o magnetismo dos pais, aliado ao forte desejo do espírito reencarnante.
Mas em que momento ocorre essa ligação? Em A Alma da Matéria, Dra Marlene Nobre ressalta que as orientações dos Espíritos Superiores não deixam dúvidas de que a união da alma com o corpo ocorre no instante da concepção. Isso demonstra a importância desse momento no processo reencarnatório. A partir daí, ao longo de toda gestação, o feto estará sujeito a influências físicas, mentais e espirituais provenientes de sua mãe e do meio ambiente.
Em Missionários da Luz, André Luiz nos fornece um relato detalhado sobre os mecanismos envolvidas na reencarnação de Segismundo. Destacaremos aqui as informações referentes à fecundação.
Em 1943, ano em que o livro foi psicografado, André Luiz nos explicava que o perispírito do reencarnante atua sobre o óvulo, dirigindo-o na seleção do espermatozóide, de modo a escolher o mais “útil” à programação reencarnatório. Essa informação só foi comprovada pela ciência em 1991, quando um estudo realizado em conjunto por cientista americanos e israelenses, demonstrou que uma substância produzida pelo óvulo ou por suas células vizinhas, era a responsável pela seleção do espermatozóide mais apto. Tal descoberta provoca uma mudança significativa nos estudos sobre fertilidade, uma vez que até então, acreditava-se que o espermatozóide “vencedor” seria o mais rápido.
Assim, passamos a entender um pouco melhor porque em alguns casos de anomalias cromossômicas, entre milhões de espermatozóides, aquele que fecunda o óvulo é “anormal”.
André Luiz prossegue seu relato descrevendo que o encontro entre os gametas dos pais gera um microscópico globo de luz, sobre o qual Alexandre ajustou a forma de Segismundo que se encontrava interpenetrada no perispírito de sua mãe. Quando isso ocorre ele nos conta que “essa vida latente começou a se movimentar”.
Através de relatos como os de André Luiz, podemos compreender melhor as emoções provocadas pela divisão celular aparentemente desordenada de um zigoto, capaz de gerar um novo ser. Não é o acaso que orienta sua formação, mas sim um espírito em busca de aprimoramento. A “construção” de seu corpo é apenas o primeiro passo de sua nova jornada.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- A Alma da Matéria – Marlene Nobre – Cap 4: O processo reencarnatório - FE Editora Jornalística
- Entre a Terra e o Céu – Francisco Cândido Xavier pelo espírito André Luiz – Cap 28: Retorno -Federação Espírita Brasileira
- Missionários da Luz - Francisco Cândido Xavier pelo espírito André Luiz – Cap 13: Reencarnação

Para maiores informações consulte o site da folha espírita - http://www.folhaespirita.com.br/
Dra Cristiane é ginecologista, especializada em Medicina Fetal, escreve na Folha Espírita e é autora de livros, sendo o último -Gestação encontro entre almas.

15 setembro 2007

Sobre a Legitimidade do aborto no estupro. Dra CECÍLIA MOREIRA ALVARENGA

A palavra aborto vem do latim ab-ortus, ou seja, privação do nascimento. À luz da nomenclatura científica, chamamos abortamento, a interrupção da gravidez antes do final de seu desenvolvimento e aborto é o resultado da ação. Isto é, o produto do abortamento.
No título coloco a palavra legitimidade, que mais me coloca em dificuldades do que me favorece. Legitimidade é um dos grandes conceitos da humanidade. Legitimo é o verdadeiro e para se ver a legitimidade de algo é preciso ter visão legítima, mas nós temos limitações, porque ficamos na superfície das coisas, não adentramos a essência dos fatos.
A Obstetrícia Moderna tem vários tipos de abortamentos em sua classificação, mas aqui trataremos de um tipo polêmico de abortamento, aquele que é fruto do estupro (crime de constranger alguém ao coito com violência). Neste caso, denominamos abortamento sentimental.
Esta discussão envolve aspectos científicos, morais, éticos, religiosos e políticos, o que reveste o tema de grande responsabilidade. A razão, a ciência e a espiritualidade nos acodem!
A princípio devo falar do grande risco do abortamento, tanto no que tange a morbidade quanto a mortalidade materna. Nos países em desenvolvimento há em média 330 mulheres mortas para cada 100.000 abortamentos provocados. Todos nós obstetras, sabemos que estas cifras são subestimadas e que o problema é muito maior do que podemos considerar.
Há países onde o abortamento é legal, mas no Brasil ele ainda é tipificado como crime contra a vida pelo Código Penal Brasileiro (1940), art.128, exceto em duas situações:


Quando não há outro meio de salvar a vida da mãe.
Quando a gravidez resulta de estupro.

Recentemente, em julho de 2004, no processo de descumprimento de preceito fundamental, o Ministro Marco Aurélio de Mello do STF, autorizou a interrupção da gravidez nos casos de anencefalia (ausência do cérebro físico). Determinação ainda duvidosa, mediante sua revogação em 20-10-04. E, até o momento, este fato reveste-se de polêmicas e dúvidas.
A legalização do abortamento no Brasil, ainda está em discussão. Estamos analisando leis humanas e, portanto, mutáveis, transitórias! Racionalmente, quando falamos em estupro, forma-se uma nítida imagem em nossas mentes: a vítima indefesa e inocente, e o algoz selvagem e monstruoso.
Contudo, é preciso ser legítimo em nossas considerações... E os conhecimentos espirituais nos obrigam a fazer uma análise diferente. Não existe vítima ou algoz, são pessoas que trazem experiências negativas em seus patrimônios espirituais. Principalmente na esfera da sensualidade e da sexualidade, desajustes estes, geralmente, oriundos de encarnações anteriores.
Ambos encontram-se envolvidos na mesma sintonia energética. São vínculos energéticos que os atraem para o mesmo campo vibratório que os afinizam. Vibrando na mesma "faixa" de desequilíbrios entregam-se ao ato insano - o estupro.
Porém, o problema pode ser maior... Quando do estupro surge uma gestação. Dor, dilema, castigo, repulsa. Turbilhões de sentimentos desarmoniosos.
"Nada é por acaso", nem uma gestação resultante de um estupro. Todos os envolvidos, mãe, espírito reencarnante, familiares, colherão os frutos desta situação, pois todos estão espiritualmente envolvidos em todo o processo.
Vamos analisar o papel de cada um deles:

Mãe-vítima:
A colocação pode ser dura, mas esta mulher só está colhendo sua semeadura. Vive uma experiência provacional necessária. As ações mentais da gestante repercutem, profundamente, sobre as ligações energéticas com o embrião ou feto.
Se ela opta pelo abortamento, gera processos depressivos em função do sentimento de culpa e apartir daí surgem doenças físicas, mentais e até o suicídio. Assim, distonias energéticas se imprimirão no psicossoma materno e em futuras encarnações ocasionarão doenças na esfera da fertilidade, sexualidade, doenças gestacionais e etc.

Espírito reencarnante:
Ele também não é vítima, pois traz consigo dores e desarmonias e também vive uma condição provacional ou expiatória. Normalmente, já estava imantado ao perispírito materno e aproveita a ocasião do estupro para ocupar o vaso físico.
Quando se vê rejeitado, pelo abortamento, desenvolve grande ressentimento, ainda maior do que o que já existia. Pode permanecer fixado ao centro genésico materno, determinando doenças ginecológicas e obstétricas.

Médico executor do aborto (excluo os aborteiros curiosos):
O Conselho Federal de Medicina garante a execução deste aborto sob apresentação de Boletim de Ocorrência, para proteger o trabalho médico. Contudo, este BO seria dispensável sob o aspecto legal.
Médicos organicistas só consideram a vida biológica e não admitem a existência do espírito. Esta visão não os isenta da culpa e, incontestavelmente, pagarão por ela. Entretanto, a responsabilidade será amenizada, posto que Deus leva em conta a intencionalidade do ato.


Diante destas considerações, não há um único fato que apoiaria o aborto. Vale a citação bíblica do Êxodo, 20:13: "Não matarás".

Mãe e espírito reencarnante têm no lar, "escola de reajustes", a santa oportunidade de aprender o exercício do amor.

O abortamento no estupro, portanto, é ilegítimo!

08 setembro 2007

A influência do corpo espiritual na formação do corpo físico DRA GISELLE FACHETTI

Sabemos que o espírito imortal, altamente complexo, atua em relação ao desenvolvimento embrionário como o Modelo Organizador Biológico descrito por Hernani Guimarães pela primeira vez em 1958.

Teoria similar veio a ser proposta, apenas recentemente, pelo renomado biólogo Rupert Sheldrake que chamou esse sistema imaterial com função modeladora, MOB de H. Guimarães, de campo morfogenético.

Sheldrake, inicialmente, descreveu os campos mórficos que atuam em grupos de seres conectados entre si por inter-relação estável e os descreveu como a teoria do 99º macaco.

Os campos mórficos não são campos elétricos ou eletromagnéticos, não são campos carreadores de energia, por isso eles não perdem potência em relação á distância em que atuam. Isso se reveste de grande importância quando consideramos os campos mórficos que unem populações de animais, seres humanos e outros grupos de seres vivos. Esses campos transportam informação, por mais estranho que isso possa parecer.

O campo morfogenético, de ação individual, atuaria como modelador tridimensional do crescimento de células e tecidos específicos permitindo uma adequada proporção somática entre os diversos órgãos e o organismo como um todo. Função essa não cumprida pelos ácidos nucléicos.

Tal pode ser inferido pela adaptação de um tecido exógeno implantado às dimensões espaciais do receptor, como ocorre nos transplantes de fígado.

A porção do órgão recebida mantém sua carga genética original, porém cresce e molda-se ao receptor conforme seu tamanho e não conforme as dimensões orgânicas do doador, pois se assim fosse, o doador teria que ter além de carga genética compatível, ter também compatíveis o tamanho de seus órgãos e vísceras passíveis de doação.

É claro que essa compatibilidade se faz necessária, em certos graus, em casos de órgãos como o coração, cuja dimensão influi na capacidade de ação como bomba ejetora que é.

Sem o campo morfogenético, limitador e organizador do crescimento celular e tecidual, esse processo ocorre apenas sob as ordens dos ácidos nucléicos, mas sem a possibilidade da organização espacial tridimensional proporcional como é encontrada em organismos vivificados por esse principio.

Tratar-se-ia de proliferação tissular semelhante à que observamos em meios de cultura artificiais. Talvez, algum grau maior de ordem possa ser oferecido pela ação indireta do sistema modelador próprio do psicossoma materno. E, é este o argumento usado por André Luiz no livro Evolução em Dois Mundos para explicar a questão 356 do livro dos espíritos.

Entre os natimortos alguns haverá que não tenham sido destinados à encarnação de Espírito?
“Alguns há, efetivamente, a cujos corpos nenhum espírito esteve destinado.
Nada tinha que se efetuar para eles. Tais crianças então só vem por seus pais.”


Questão esta intrigante pela afirmação da existência de natimortos para os quais não haveriam espíritos designados. É provável que o termo natimorto não tenha sido usado conforme é hoje definido pela medicina moderna.

Natimorto é a morte do feto ocorrida ainda dentro do útero. Trata-se de morte fetal e não embrionária. Quando ocorre morte fetal precoce, antes de 20 semanas de gestação (ou mesmo embrionária, até a 11ªsemana de gestação) o processo de perda é chamado de abortamento. O produto do abortamento é o aborto.

Quando uma gestação chega ao período fetal houve, necessariamente, a formação de todos os órgãos da economia sistêmica humana em seus mais minuciosos detalhes.

O feto precisa de um coração eficiente no bombeamento sanguíneo e de um sistema circulatório perfeito para que seu adequado crescimento ocorra. Essa precisão somente seria obtida sob a direção do campo morfogenético, imaterial, mas imprescindível para a morfogênese exata dos seres vivos.

Caso o sistema morfogenético do psicossoma materno, ou espírito materno, fosse capaz de oferecer esse controle a um outro indivíduo em processo de desenvolvimento orgânico na intimidade dos tecidos desse seu ascendente, poderíamos inferir que analogamente existiria, também, outra possibilidade ainda mais questionável.

A possibilidade de que, pelo mesmo processo, os tumores oriundos das células germinativas pudessem se desenvolver com arquitetura mais harmônica do que encontramos, por exemplo, em portadoras de teratomas ovarianos.

Os teratomas possuem a capacidade de multiplicação e diferenciação tecidual que encontramos nos tecidos embrionários mais precoces, mas a falta de um modelador de ordem espiritual faz com que, efetivamente, produzam-se apenas tecidos monstruosamente aglomerados em oposição ao embrião trilaminar que sucede ao relativamente simples blastocisto.

Argumentariam outros que, neste caso, não existe a vontade materna em gestar e receber um filho em seus braços. O que, de fato, agiria na condução da força do campo morfogenético materno para que atuasse indireta e excepcionalmente sobre os tecidos ovulares.

Entretanto se o campo morfogenético materno já é o molde para seu próprio organismo, esperaríamos, nesta circunstância hipotética, que o organismo gestado, através dessa influência, preservasse as características somáticas maternas. O que nos parece um tanto complexo para se dar freqüentemente.

O item b da questão 356 do Livro dos Espíritos nos apóia nessa conclusão, ainda que indiretamente:

Toda criança que sobrevive tem, necessariamente, um Espírito encarnado?Que seria ela, sem o Espírito? Não seria um ser humano.

Preparando-se para a volta.

De tempos em tempos somos impelidos a retornar ao Planeta Terra, visando colocar em prática as lições aprendidas na erraticidade (plano espiritual) e que foram exaustivamente discutidas com nossos mentores.
Nem sempre foi assim. No começo de nossa evolução, passávamos pelo plano espiritual, muitas vezes sem compreender que tínhamos desencarnado, que o corpo físico tinha ficado pra trás. Em muitas dessas oportunidades continuávamos as brigas e guerras começadas aqui no plano terráqueo e seguíamos até sermos conduzidos a nova oportunidade, visando esquecer o passado, desfazer laços de ódio e morte.
Em algumas de nossas experiências na carne aproveitávamos alguma coisa mais, guiados por seres de luz que ao reencarnar, cumpriam elevada missão na Terra. Mas sem a presença amorosa deles ao nosso lado, caíamos novamente, fazendo a nossa ascensão em espiral, subindo e descendo, progredindo e retornando até sedimentar bem os ensinamentos a ponto de fazer o que achamos certo de forma natural.
Os avatares se sucederam, com suas doutrinas e exemplos variados, e sempre vai ser assim em todas as moradas do Pai. Sempre estaremos acompanhados dos mentores amorosos que nos guiam e nos esperam, numa paciência sem fim aliada a uma compaixão sem limites. Preferimos escolher outras companhias, que vibram ainda arraigadas ao sexo, ao dinheiro, ao poder e principalmente ao egoísmo, e por isso as companhias espirituais da Terra são ainda na sua maioria de espíritos atrasados.
Na medida em que ganhamos discernimento, mais responsabilidade vamos tendo no processo renascer, e mais valor damos a esse momento mágico que constitui nossa volta ao plano de provas e expiações libertadoras.
Imagine que você poderia ter a chance de viajar para um país estrangeiro, distante, onde ninguém saberia quem você é, o que fez, podendo recomeçar do zero. O que você prometeria? O que mudaria? Se tivesse orientadores amorosos, que conselhos eles lhe dariam? Pois foi exatamente isso que aconteceu conosco antes de reencarnar. Habitando o plano espiritual, fomos acolhidos em uma colônia espiritual. Alguns de nós puderam ir a colônias mais bonitas e luminosas, com grandes Universidades. Passaram anos estudando e trabalhando tentando interiorizar os ensinamentos superiores, e envolvidos naquele ambiente de paz e amor fraternal, puderam alçar vôos mais altos.
Outros foram levados a colônias mais perto da Terra, às vezes postos de socorro em zonas umbralinas, mas também construídas em um ambiente de trabalho e amor, podendo ali, refazer suas energias e aprender a trabalhar em prol do outro, a favor de sua recuperação, pois na maioria das vezes, ao desencarnar, levamos a consciência culpada, pelas promessas não compridas e pelo tempo perdido em banalidades sem fim.
Independente do local aonde fomos acolhidos, e do tempo que ficamos na erraticidade, chegou um dia em que aqueles que se ligam a nós por laços de amor secular e às vezes milenar, se reuniram conosco no momento crucial de definir as metas e soluções para que nossa vida atual pudesse ser a mais proveitosa possível do ponto de vista espiritual.
Reunidos em salas apropriadas nessas colônias, relembramos cenas do passado recente ou distante, pormenorizando nossas falhas e acertos, sendo assistidos por médicos e técnicos do astral que se especializaram em preparar reencarnações. Muitas vezes ligados em excesso a culpa que nos assola o coração e a consciência, atrapalhávamos o processo de renascimento, querendo carregar mais do que poderíamos, ou em outro extremo, pretendendo fugir das responsabilidades, como crianças que solicitam ao professor o adiamento da prova.
Mas os mentores amorosos, imbuídos da sabedoria necessária a melhor nos orientar, traçam os caminhos gerais de nossa vida terrena, deixando que nosso livre-arbítrio seja nosso guia dentre de determinados limites que devem nos proteger.
São definidos os Pais, em encontro na espiritualidade que visa dirimir eventuais antipatias e iniciar um vínculo energético que sustentará a gestação.
Momentos de medo, tensão, angústia, naturais antes de qualquer viagem, aconteceram com todos nós. Tivemos medo de errar, de não estar à altura da expectativa criada nas reuniões com os mentores. O temor maior era esquecer completamente nossas missões individuais, pois uma vez aqui encarnados, não estaríamos mais envoltos naquele ambiente de amor e trabalho dedicado ao Cristo que tanto facilitava nossa vida no plano espiritual.
Uma vez iniciado o processo de miniaturização, para acoplamento do nosso corpo perispiritual com o zigoto em formação, mergulhamos no esquecimento abençoado, embalados no sono da esperança, mas isso já é assunto para outro dia.
Se temos a oportunidade de acreditar na reencarnação, mesmo não nos lembrando de forma clara de nossa missão e compromissos assumidos na espiritualidade, devemos fazer o máximo para que o Cristo viva em nossos atos diários, caminhando rumo ao Pai maior.
Paz e luz!

01 setembro 2007

Cuidados Periconcepcionais - Dra Cristiane Assis


Durante a gravidez, o corpo da mulher sofre inúmeras modificações. Tendo que trabalhar mais do que o habitual, alguns órgãos que antes desempenhavam aparentemente bem as suas funções, passam a apresentar sinais de “cansaço”. Com isso, a gestante muitas vezes apresenta alguns problemas de saúde que, devido ao número limitado de medicamentos que podemos usar durante a gravidez, são mais difíceis de serem controlados. Quando a fecundação ocorre sob essas condições, são maiores os riscos, tanto para a mãe quanto para o feto. É por isso que uma importante recomendação para quem pretende engravidar é procurar saber como anda sua saúde.

Outra orientação dada às futuras mamães é que busquem não estar muito acima dos seus pesos ideais. Para tanto, a dieta balanceada e a prática de atividade física são grandes aliados. Ambos auxiliarão no estabelecimento de uma rotina saudável para o período gestacional.

A reposição de ácido fólico por pelo menos um mês antes da fecundação até 3º mês de gravidez tem se demonstrado significativamente eficaz na prevenção de más-formações do sistema nervoso central do bebê.

Tais orientações visam apenas à parte orgânica do preparo para a gestação. Entretanto, no plano espiritual, outras providências envolvem a chegada de um bebê e a mãe pode colaborar para que tudo transcorra da melhor maneira possível.

André Luiz, através de obras como Missionários da Luz e Entre a Terra e o Céu, procurou nos colocar a par dos cuidados existentes no plano espiritual para que o retorno do espírito transcorra conforme o programado. Tudo é cuidadosamente acompanhado, o que torna a fecundação algo muito maior do que o simples encontro entre um óvulo e um espermatozóide.

Muitas vezes, o planejamento de uma gravidez tem a participação dos pais e dos futuros filhos antes mesmo do reencarne de qualquer um deles. Em alguns casos, laços familiares tão estreitos buscam a aproximação fraternal e o perdão recíproco entre esses espíritos. Isso porque dificilmente enxergarmos no indefeso bebê o algoz do passado, o que facilita seu acolhimento em nossos braços com sincero amor.

O corpo em que o espírito retornará ao nosso plano também recebe especial atenção, podendo o reencarnante participar ou não do processo, de acordo seus conhecimentos, e, conseqüentemente, suas responsabilidades. André Luiz nos conta sobre um setor em Nosso Lar, denominado de Planejamento de Reencarnações, criado para atender a tal finalidade. Ele nos ensina a importância do nosso envoltório orgânico, essencial para a aquisição de novos aprendizados. Lembra, também, que Jesus costumava chamá-lo de “templo do Senhor”, tamanha a sua significância em nossa jornada rumo à evolução.

Algumas vezes, faz-se necessário um encontro entre os pais e o espírito reencarnante durante o sono, objetivando que a aproximação entre eles seja a mais amena possível. Alexandre ensina a André Luiz que o plano espiritual não deve e nem pode forçar a reencarnação de um espírito. È necessária boa disposição dos pais para que isso ocorra. Porém quando há essa aceitação, as descrições do acolhimento amoroso dessas crianças por seus pais são muito emocionantes.

O auxílio do plano espiritual prossegue durante o encontro entre os gametas dos pais, buscando assim, assegurar o cumprimento daquilo que foi programado, a fim de que o corpo possa ajudar adequadamente esse espírito em suas novas lições. E ao longo de todos os meses da gestação, a presença dos amigos do plano espiritual será constante, à medida que lhes seja solicitado e permitido.

Ao contrário do que muitos podem pensar, o casal não é um agente passivo em todo esse trabalho do plano espiritual. Eles podem e devem participar, buscando manter os pensamentos elevados. Facilitam, assim, a aproximação daqueles que, por amor, desejam ajudar. Para isso, devemos buscar conversações e leituras edificantes.

É importante lembrar que antes mesmo que fisicamente a gravidez seja diagnosticada, o perispírito do bebê se encontra ligado ao da mãe, sofrendo influência direta de tudo que ela pensa e sente.

Em outras oportunidades, abordaremos de que forma esse vínculo tão estreito pode ser usado em benefício do feto. Por ora, lembramos apenas que o que de melhor podemos oferecer, principalmente aos nossos filhos, é o Amor. E não há melhor fonte para encontrar a sua verdadeira expressão do que nos ensinamentos de Jesus Cristo. Busquemos sempre agir conforme seus passos.

Dra Cristiane Assis é médica ginecologista especializada em medicina fetal. Escreve regularmente na folha espírita e já publicou alguns livros, sendo o último -" Gestação encontro entre almas". Para maiores informações veja no site da Folha Espírita - www.folhaespirita.com.br.

18 agosto 2007

Enjôos e desejos da gestante na visão espírita - Dr Ricardo Di Bernardi



Com o desenvolvimento da gravidez, à medida que o embrião vai se estruturando, conforme o molde energético dado pelas matrizes perispirituais da entidade reencarnante, vão se intensificando as trocas fluídicas ou energéticas, entre o perispírito da mãe e o espírito reencarnante.



Já se observa, a certa altura, uma intensa sintonia vibratória com grande intercâmbio de campos energéticos. Sucede que estas vibrações permutadas podem ser doentes (espiritualmente falando ) ou sadias. As vivências das encarnações anteriores, indelevelmente registradas nos arquivos energéticos do espírito, são núcleos de emanação de ondas que exercem influência sobre a gestante. As experiências de sofrimentos ainda não resolvidas psicologicamente, os ressentimentos mantidos, são concentrações de força a irradiar sobre a estrutura psicofísica materna. As experiências comuns entre mãe e filho, vividas em estâncias pretéritas, se reencontram agora com anestesia apenas parcial.



Não resta dúvida, que é a grande oportunidade da reaproximação e solução dos débitos passados. Também é importante se reafirme, toda a assistência espiritual presente no transcurso da gravidez, amparando a dupla.



As trocas fluídico-energéticas entre ambos, frequentemente produzem enjôos à mãe. A intensidade destes enjôos muitas vezes está relacionada (também) a diferenças de nível evolutivo entre o espírito reencarnante e a gestante. Em determinadas situações no entanto, não se trata de diferença de nível espiritual, pois normalmente aos espíritos superiores não é difícil superar e compreender as limitações dos menos evoluídos.



Frequentemente, são os reconhecimentos inconscientes das experiências comuns vividas. São as sensações decorrentes do espelhar mútuo , da situação espiritual vivenciada no passado e ainda não resolvida. Cuidemos , no entanto, para não cometer injustiça ou erros de julgamento.Os enjôos tem também causas meramente orgânicas ligadas a fatoresanatômicos e fisiológicos do processo gestacional. Atribuir aos enjôos apenas significado de ordem espiritual, seria empobrecer a ciência espírita e comprometer sua imagem perante as pessoas de bom senso.



OS ESTRANHOS DESEJOS DA GESTANTE: As aparentes extravagâncias da mulher grávida podem ter,também, causas ligadas às influências do espírito reencarnante. Não estamos aqui, portanto, excluindo de maneira alguma o componente fisiológico. As profundas alterações hormonais sob o comando da hipófise são sem dúvida co-fatores que interferem no psiquismo da gestante determinando tendências na esfera alimentar. Tendo sido feita esta ressalva , cumpre-nos estudar a outra face da moeda.



Estando a estrutura do corpo espiritual da entidade reencarnante unida ao chakra genésico materno, passa a sofrer a influência de fortes correntes eletromagnéticas que lhe impõem a redução volumétrica necessária. O corpo astral (perispírito ) que possuía digamos 175cm deverá se adaptar a um organismo fetal bem menor. Ocorre então a redução dos espaços intermoleculares da matéria perispiritual. Tal fato ocorre pela diminuição da vibração das moléculas do corpo espiritual. A energia cinética se reduz, as moléculas se aproximam reduzindo os espaços intermoleculares.



Além desta redução, toda molécula excedente, que não serve ao trabalho fundamental de refundição da forma é devolvida ao plano "espiritual " e reintegrada ao fluido cósmico universal.No organismo materno, mais especificamente no chakra genésico, há uma função que lembra o trabalho de um exaustor de cozinha. Neste aparelho doméstico se processa a absorção da gordura excedente, eliminando-a do ambiente.



Conforme encontramos no livro" Entre a Terra e o Céu ", cap. XXX, André Luiz que se expressa da seguinte forma." O organismo materno materno, absorvendo as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos estes que nem sempre são aprazíveis ou suportáveis pela sensibilidade feminina".Há espíritos que por se acharem zoantropizados ou licantropizados (isto é, tão deformados que se parecem com animais,lobos etc ) , portanto com morfologia tão alterada e acrescida de fluidos prejudiciais que sofrerão intenso processo de reabsorção fluídica por parte do chakra genésico materno.



O fato citado gera intensas e frequentes sensações psíquicas na gestante. Estas sensações não tem tradução lógica em valores conhecidos aos sentidos físicos. Como são sensações , o cérebro decodifica em algo material e expressa como: Desejo de comer, cheirar ou fazer alguma coisa diferente. Portanto, embora seja inverdade que desejos insatisfeitos possam determinar defeitos físicos no bebê, mera crendice, os desejos existem e quando não são tão absurdos como comer sabonete com cebola, não custa nada(às vezes) satisfazer a pobre da gestante.... Mas não exageremos.... -



Ricardo Di Bernardi ( SC )



Presidente do Instituto de Cultura Espírita de Florianopólis - Médico Homeopata



http://www.icef-sc.com.br

30 junho 2007

Sempre é hora de relembrar o compromisso assumido antes de nascermos!

"E chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: negociai até que
eu venha." - Jesus. (LUCAS, 19:13.)
Com a precisa madureza do raciocínio, compreenderá o homem que toda a sua
existência é um grande conjunto de negócios espirituais e que a vida, em si, não passa de
ato religioso permanente, com vistas aos deveres divinos que nos prendem a Deus.

(Emmanuel - Chico Xavier - Vinha de Luz - Capítulo 2)

A terapia de regressão a vivências passadas tem mostrado que quando nos preparamos para reencarnar, a complexidade desse momento é um pouco maior do que podemos supor com uma analise superficial.
Mentores amorosos, envolvidos concosco a um longo tempo, e preocupados com o nosso despertar e evoluir rumo ao Pai maior, fazem programações extensas que envolvem a genética, a escolha dos pais, as condições da gestação, predisposição a determinadas doenças, enfim, todo uma série de situações que irão interferir na nossa romagem física.
A grande questão levantada por Emmanuel, no livro Vinha de Luz, psicografado por Chico Xavier é que a nossa ótica de enxergar a vida está completamente invertida.

Somos cristãos de templos. Enquanto estamos no nosso templo religioso, seja o centro ou a Igreja, ali, naquele momento somos cristãos, mas com raríssimas exceções levamos essa postura para o nosso trabalho, para quando o assunto é dinheiro.
Emmanuel cita que o comerciante está em negócios de suprimento e fraternidade, mas em qual empresa, em qual revista especializada em negócios vamos encontrar isso? Claro, a mentalidade está mudando, as pessoas estão cada vez mais sendo o centro das atenções, mas no mundo atual o que é mais valorizado ainda é o sucesso financeiro, a produtividade, encher os bolsos da empresa continua sendo a meta principal.

Nada contra dinheiro, mas qual é o nosso foco? Como nos colocamos em nossos trabalhos?

Os que lidam com a area da saúde são ainda felizardos nessa seara, pois são a cada novo atendimento procurados por pessoas necessitadas de ajuda, ou seja a cada 30 minutos tem uma nova chance de ajuda, mas será que nos nossos consultórios adotamos essa postura espiritualista, ou ainda temos medo de "perder" pacientes que possam discordar da nossa visão?
Vivemos em meio a grande obra do Pai e somos usufrutuários de tudo o que pensamos ser nosso. É como se pegássemos emprestado tudo dos nossos filhos, e eles de nossos netos, numa cadeia que não tem fim. Essa visão, se colocada na prática nos pouparia e muito as coronárias, pois sem dúvida nenhuma o stress, oriundo da preocupação com grana e posses é um fator importante na gênese das doenças cardio-vasculares.

A programação individual e intransferível que foi cuidadosamente planejada para cada um de nós, na maioria das vezes não é respeitada. Por mais que alguns sofram da Síndrome de super-homem ou mulher maravilha e achem que tem de salvar o mundo três vez ao dia, a verdade é que a nossa missão terrena diz respeito a coisas pontuais, a pequenos problemas de relacionamento, de caratér, de convivência harmoniosa com nossas famílias.

Porém, nos desviamos desse caminho, voltando a sustentar antigos padrões de comportamentos que tinhamos no passado, gerando a doença e a dor, que vem ao nosso alcance tentando nos mostrar o caminho de volta, o trieiro que nos leva a estrada principal. Mas nos revoltamos contra a dor, criando um ciclo vicioso que nos prende em bolsões de energia pesada, criando ressonância com o passado, com nossos erros e dúvidas, mágoas e decepções, nos fazendo assumir características dos personagens de vidas transatas, reagindo de forma inadequada a qualquer mínimo problema com as pessoas que convivemos, pois enxergamos neles os inimigos do passado e não os companheiros de hoje.

Tudo isso vai acumulando e trazendo para a ponta física, toda essa problemática mal resolvida de ontem, e se torna sem dúvida nenhuma uma das fontes geradoras das depressões, pânico, transtornos de ansiedade, que por mais pesquisados pelos cientistas modernos, não tem as causas identificadas, pois essas se encontram lá atrás.

Sempre é hora de relembrar o compromisso assumido antes de nascermos! Qual são nossas maiores dificuldades? Porque nos enrolamos em determinadas situações, que às vezes nos acompanham a vida inteira? É hora de mudar. Nossa saúde física, mental e espiritual depende dessa auto-superação, que começa com a aceitação de quem somos de verdade, passa pelo perdão e continua na tentativa diária de mudança verdadeira e profunda.

13 junho 2007

Aborto - O outro lado da moeda.


A doutrina espírita e seus adeptos deflagraram uma campanha a favor da vida em todo o mundo liderada pela associação médico espírita e não há dúvida alguma de que esse é um caminho acertado a ser seguido.
Mas o que eu gostaria de colocar nessa oportunidade diz respeito a uma questão simples e direta. O que faria Jesus se estivesse encarnado hoje, em relação a essa questão?
Sem pretender ser profeta ou querer ter procuração para falar em nome Dele, mas somente imaginemos o mestre entre nós e facilmente veríamos que além de assumir essa campanha com toda a força, faria mais que isso. Ele estaria voltado com todo o seu amor para as mães, pais e aborteiros, envolvidos no doloroso processo de aborto.
Coloco aqui o termo aborteiro, não de forma pejorativa, mas porque envolve classes variadas de profissionais, dentre médicos, enfermeiros, parteiros, charlatões e outros.
E pergunto. Onde estão os centros espíritas que tratam dessas pessoas? Aonde os hospitais espíritas, os movimentos organizados que tratam com dignidade e respeito essas pessoas? Porque não me consta que Jesus, apesar de combater a prostituição, exortando à retidão de caráter, ao amor santificado, tenha condenado alguma prostituta ou algum homem adúltero.
O que vemos na prática médica e também nos centros espíritas é que as mulheres que praticaram o aborto carregam esse fardo a sete chaves como se fosse a maior de todas as vergonhas. Homens então nem se fala. Alguém já ouviu algum homem falar sobre isso: - Minha namorada estava grávida e eu dei dinheiro a ela para abortar, ou a levei a uma clínica...??? Eu particularmente nunca ouvi.
Que fique bem claro que nossa posição é absolutamente contra o aborto. Sem restrições em nenhum caso. Porém, não podemos ser contra quem pensa diferente, e muito menos contra quem por qualquer motivo tenha praticado o aborto. Temos de abrir as portas das casas espíritas, dos consultórios médicos, do coração, para ouvir essas pessoas. Dividir com elas esse fardo absurdo que faz com que mulheres que tenham praticado aborto, tenham uma probabilidade nove vezes maior de suicidar.
Quais os motivos que levam uma mulher a praticar o aborto? Que pensamentos sombrios, que influência espiritual, que situação financeira, emocional? Como julgar? Como avaliar isso? Melhor seria que todos seguíssemos os ensinamentos de Jesus e caminhássemos diretamente para a luz, mas a vida não é assim, somos falhos, fracos e tíbios em nossa evolução espiritual.
Se Jesus estivesse encarnado entre nós, será que ele preferiria a tribuna, o púlpito para dissertar longamente sobre o aborto, discutir sobre o sistema de saúde, sobre convênios... ou estaria trabalhando junto aos sofredores, prevenindo o aborto ou auxiliando quem o praticou?
É obvio que toda discussão sobre o assunto é interessante, agrega valor, mas e o lado cristão da moeda? Nosso dever como cristão é ser a favor da vida, mas acima de tudo é cuidar da vida desses que dividem conosco o palco de provações e alegrias. Restringir nossa atuação a combater o aborto me parece pouco. Enquanto a implantação do reino de Deus no coração das pessoas não se faz, temos de estender nossos pensamentos, atitudes e boa vontade ao atendimento holístico e amoroso dessas pessoas.
Na Comunidade Espírita Ramatís, aonde trabalhamos, há cinco anos participamos de um trabalho mediúnico que ajuda no preparo de crianças que irão reencarnar. É um trabalho feito com desdobramento consciente. Na medida em que fomos aprofundando o estudo começamos a entender que assistíamos a um Hospital extremamente bem preparado para acolher e tratar espíritos desencarnados em situações as mais variadas, e prepará-los para uma nova chance.
Esse trabalho foi denominado pela espiritualidade de Projeto Esperança e Luz. Dentro do Hospital há uma ala que atende exclusivamente espíritos que foram abortados. A descrição dos médiuns videntes deixa claro que o assunto aborto merece o mais cuidadoso carinho e observação, pois o que ocorre com o corpo astral (perispírito) desses espíritos é algo indescritível, e que necessita de muitos cuidados para sua recuperação. Fato interessante é que um percentual importante desses espíritos não conseguiria sobreviver, pois tem na gestação uma oportunidade de reparar as lesões causadas por abusos anteriores, e usam o corpo físico em formação para drenagem dessas energias, tornando-os incompatíveis com a vida, mas infelizmente a mãe e o pai acabam se comprometendo com suas consciências interrompendo a gestação mais cedo que o programado.
Vemos nesse trabalho que um dos fatores que mais prejudica o tratamento é a ligação energética que se mantém entre pais e espírito abortado. Essa ligação nasce na culpa e no remorso dos pais, e muitas vezes é alimentada pelo ódio e pela mágoa do reencarnante. Uma vez assistidos no hospital, muitos desses espíritos são colocados em redomas, como se fossem incubadoras que literalmente os protegem dos eflúvios psíquicos dos pais. Em várias ocasiões o tratamento é feito envolvendo-se os pais, para que libertem os filhos, que os deixem seguir sua vida na espiritualidade, até uma nova chance de volta.
Esse trabalho de conscientização dos pais deve ser feito de forma consciente no nosso plano físico. O ideal seria evitar todos os casos de aborto, mas como no momento isso está longe do nosso alcance, é necessário que saibamos lidar com essas situações, abrindo espaços terapêuticos de cura nesse sentido, seja nos consultórios, postos de saúde, e principalmente nas casas espíritas. Fazer com que os pais entendam a continuação da vida e a urgente necessidade de se desligar energeticamente do problema, sublimando-o pelo amor e não pela dor. Muitas pessoas passam a vida inteira se martirizando inconscientemente, como se a dor fosse o único caminho para resgatar, para quitar o débito contraído e simplesmente não se permitem ser felizes porque um dia praticaram uma atitude infeliz, e carregam como um fardo insuportável e solitário, que não pode ser dividido com ninguém, com medo de ser taxado de assassino ou coisa pior.
É lógico que alguns são tão insensíveis que praticam o aborto de forma repetida, e não estão nenhum pouco preocupados com nada que se relacione a palavra responsabilidade. São crianças espirituais que ainda não entenderam a maravilhosa engrenagem da vida, que atua com amorosidade absoluta em nossa evolução. A esses não nos resta outra coisa senão esperar, e exemplificar o nosso amor e crença na vida. Quando abordo o assunto acima, o faço em relação aqueles que constituem a maioria, os que realizaram o aborto num momento infeliz e passam a vida sem encarar de frente o problema e resolvê-lo.
“Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.” “Mulher, onde estão os que te acusaram? Ninguém te condenou?” - Ela respondeu: “Não, Senhor.” Disse-lhe Jesus: “Também eu não te condenarei. Vai-te e de futuro não tornes a pecar.” (S. JOÃO, cap. VIII, vv. 3 a 11.)
A engrenagem mais eficiente que o espiritismo nos dá é o amor. Universal, sem preconceitos, sem julgamentos. Amor responsável que trabalha e edifica. Usemos essa ferramenta em nosso favor e em benefício do próximo, sem confundir ser a favor da vida com ser contra pessoas que com suas atitudes que demosntrem o contrário.

17 maio 2007

O médico deve prescrever a prece como tratamento ?

A medicina vem se aprofundando na relação espírito-corpo e suas consequências, pois apesar de todos os recursos terapêuticos disponíveis na atualidade, as pessoas continuam se deprimindo, se suicidando, desesperadas em busca de algo que traga cada vez mais essa felicidade fácil, sensações que a "adrenalina" causa, mesmo que fugazmente.
A intercessão divina nos processos de cura, acompanha o homem desde seu primeiro momento na Terra, e é tratada de tão forma diferente quanto diferente são as religiões e crenças do planeta.
A maioria ainda considera milagre, toda e qualquer melhora onde não há uma explicação baseada na ciência oficial. A doutrina espírita explica através da lógica, que milagres não existem, pois isso se consituiria numa revogação das leis de Deus, e que para tudo há uma causa lógica, mesmo que nossa ignorância não nos permita entender o processo na sua totalidade.
Milhares de cientistas em todo o mundo se dedicam a pesquisar a influência da religiosidade, da prece e da crença na saúde humana. Fazendo-se uma pesquisa simples no google http://scholar.google.com usando as palavras em inglês pray and health, (oração e saúde) obtemos 32000 artigos científicos. Se pesquisarmos no google brasileiro http://www.google.com.br/ com as palavras oração e saúde, acharemos 821.000 referências. Evidentemente que a maioria não é produção científica como no caso citado acima, porém mostra a importância que o assunto vem merecendo, e a busca de toda a sociedade que anseia por métodos de cura mais simples, mais baratos, mais naturais e que levem a cura da alma.
Dr. William Harris, do
Mid America Heart Institute, Saint Luke's Hospital, Kansas City, realizou um estudo em pacientes que sofreram infarto. Eles eram divididos em dois grupos. Um dos grupos recebia preces a distância por 4 semanas e o outro tinha o tratamento convencional. O grupo que recebeu as preces teve 3 vezes menos complicações que o tradicional.
Dra Anne Mc Caffrey, médica da Universidade de Harvard conduziu em 1998 um estudo que avaliava a religiosidade das pessoas em todo Estados Unidos. 35% das pessoas admitiam usar a prece como auxiliar nas doenças. Ser mulher e ter mais de 50 anos aumentava a frequência das orações. Doenças como depressão, dores de cabeça e alergia também. Mas somente 11% dessas pessoas que oravam pela sua cura, discutiam isso com os médicos.
Dr. Michael Monroe, da Universidade da Carolina do Norte conduziu um estudo com 460 médicos e descobriu que 86% deles rejeitam a ideia de discutir a crença religiosa dos paciente, a não ser que o paciente estivesse morrendo.
Existem alguns artigos que não mostram nenhuma diferença entre receber ou não receber preces no processo de cura dos pacientes.
Seria muito interessante se os profissionais da area da saúde se abrissem mais para o assunto e passassem a discutir esse tópico nas consultas. Abordar a religiosidade do paciente cria um vínculo de apoio que a maioria dos pacientes anseia por ter. Raramente encontramos na nossa prárica médica diária pacientes que se incomodam em falar desse assunto.
Mesmo os evangélicos, normalmente mais radicais, aceitam conversar do assunto com tranquilidade, quando o convite é feito com absoluto respeito pela opinião alheia. Na verdade as bases do ensimento do Cristo estão presentes em todas as religiões. E esses são os pontos mais importantes a serem observados, não as divergências entre as crenças religiosas.
O objetivo dessa abordagem é dar suporte, abrir uma nova frente de tratamento que já se mostrou eficaz através da prece, da mudança de pensamentos, de hábitos de vida, etc.
Não vamos esperar a hora da morte para discutir assuntos religiosos e de crença. Em muitas famílias a simples menção desses assuntos parece gerar um mal presságio, como se fosse agourento abordar temas como Deus, prece, espiritualidade e outros. Só sabem conversar de novelas, de notícias extravagantes, de roubos dos políticos, de jogos de futebol e vão deixando a sujeira embaixo do tapete, desperdiçando momentos de conversa agradável e terapêutica.
Vários grupos de terapia se utilizam dessa técnica, onde cada um se expressa colocando seus pontos de vista, suas dificuldades, como melhorou, como piorou, e assim as pessoas vão aprendendo, se fortalecendo. Na relação médico-paciente, também podemos fazer a mesma coisa. No nosso dia a dia também.
O médico não só pode, como deve prescrever a oração, a prece como forma de tratamento. Sem fanatismo, sem radicalismos sem sentido que mandam parar as medicações e outras coisas absurdas. Somos um espírito habitando um corpo físico. Tratemos dos dois.
Não vamos ser espíritas somente dentro do centro, não sejamos católicos ou protestantes somente dentro das igrejas. É muito salutar vivenciar a nossa religiosidade continuamente, não com proselitismo tentando doutrinar a todos, mas de uma forma individual. Fechar os olhos e respirar fundo agradecendo a Deus por estarmos aqui com essa chance em nossas mãos pode ser a melhor prece de todas as nossas vidas, sem necessitarmos de púlpito, de discursos, de templos, pois o verdadeiro templo é interior, é lá que devemos edificar o tão falado Reino de Deus.
Relacionar de forma inteligente e racional a nossa saúde física com a epsiritual é sem dúvida o caminho mais curto para a cura verdadeira, a cura integral do ser.

28 abril 2007

Corrente de bençãos - Formando uma rede intercessória.

Alcançar a felicidade é a meta de todo cidadão consciente. Mas o que é a felicidade ?
Talvez haja mais relatividade em se buscar essa definição, do que na teoria de Einstein.
Jesus, o maior exemplo vivo de fraternidade, a figuração encarnada de DEUS, o filho por excelência, dizia que a sua felicidade estava em fazer a vontade do PAI. Fazer a vontade do pai, evidentemente não significa amealhar riquezas, se envolver em processos políticos complicados e nem sempre lícitos. Tão pouco seria virar celebridade, o centro dos flashes, ídolo de mlihares de cabeças ocas.
Na minha opinião, fazer a vontade do pai só pode significar uma coisa. Atingir a perfeição, erigindo o templo interior, purificar o espírito. O caminho para se chegar lá pode ser variado, ‘as vezes mais longo, outras mais complicado, mas todos chegaremos lá. Esse processo envolve algumas etapas :
1) Religare – Nascemos do PAI, mas praticamos os mais absurdos atos contra a sua criação, até nos darmos conta, que somos co-criadores, e aí nos voltamos para o PAI, nos RE-ligamos a ele, o que na verdade nunca deixou de acontecer por parte dele, nós é que perdemos o número do celular dele, temporariamente.
2) Fanatismo – A fase onde achamos que todos devem enxergar o que vemos, a nossa verdade absoluta. Achamos inverossímel, alguém não enxergar algo tão cristalino como a nossa verdade. O detalhe é que “esquecemos”, que por milênios, nós também não viamos isso.
3) Entendimento – Compreendemos afinal que a palavra de DEUS, os ensinamentos de Jesus, são para nós mesmos, e não peça retórica para nossos familiares, amigos e principalemente desafetos.
4) Trabalho – Essa é a fase que mais interessa a DEUS e aos bons espíritos. O que fazer com o conhecimento adquirido, com a fé nascente, com o júbilo da RE-ligação, com a volta do filho pródigo. Trabalho é a questão. Passar a frente na forma de ajuda, tudo aquilo que angariamos, recebemos, colhemos. Aqui então se iniciam as brigas. Tal grupo não me serve, eles falam demais !!! Aquele outro é complicado, nínguem fala comigo !!! Esquecendo as nossas fraquezas, procuramos companheiros perfeitos, mentores disponíveis, malbaratando o tempo com novas desculpas. Só que agora, muito será cobrado de quem muito recebeu.
Quando iniciamos o trabalho sem a preocupação pecuniária, sem nos aborrecermos com os companheiros, praticando a fraternidade, e principalmente, colocando nas mãos de DEUS os resultados, criamos uma cadeia de bençãos, um entrelaçamento de afeições. Exemplificando, se eu atendo numa mesa mediúnica um caso de obsessão e com a permissão divina, somos bem sucedidos, ficamos com uma parcela de gratidão de duas famílias, a do encarnado obsidiado e a do desencarnado obsessor. Há quanto tempo não estaria a mãezinha daquele obsessor, tentando resgatá-lo ?
É evidente que não podemos iniciar os nossos trabalhos num Centro pensando no reconhecimento das pessoas, da gratidão... mas é lógico pensar que isso aconteça, e é porisso também, que sempre os maiores beneficiados do trabalho mediúnico, são sempre os próprios médiuns.
Essa corrente de bençãos cria uma atmosfera amorosa no nosso local de trabalho, que beneficia a todos. Esse ambiente possibilita a estadia, a permanência de trabalhadores do Astral, quando em missão na Terra. A presença desses irmãos aumenta as possibilidades de melhora dos pacientes que procuram o Centro,e a corrente não se quebra. E os exemplos são tantos que seria cansativo enumerá-los, mas uma imaginação razoavelmente fértil, conseguiria encher páginas.
Plageando Eintein, talvez poderíamos definir a felicidade assim :
F = A x C2 , onde F seria felicidade, C é o tempo e A significa ajuda, doação, auxílio.
Trabalhemos pela nossa felicidade, doando o máximo de tempo em prol dos nossos irmãos e do nosso aperfeiçoamento, assim como fez Jesus, o maior de todos os tempos.

Sérgio