26 agosto 2008

Bolsão do passado. Dra Giselle Fachetti

Quando atuamos em trabalhos mediúnicos de desobsessão somos levados a uma série de questionamentos. Deparamos-nos com os mais diversos tipos de obsessão e auto-obsessão.
Uma forma muito intensa de influência espiritual, de difícil resolução, é a ligação com experiências trágicas do passado, envolvendo grande número de pessoas.
Em nossos trabalhos chamamos essas situações de influência de um bolsão do passado. São influências potentes e desestruturadoras que comprometem a qualidade de vida do necessitado de forma severa. Manifestam-se das mais variadas formas, como crises de pânico, transtornos obsessivo-compulsivos, depressão severa e, inclusive, como d
oenças físicas de causas ignoradas como, por exemplo, a fibromialgia.
A abordagem e condução adequada do quadro complexo promovem um grande alívio, não só ao necessitado presente, quanto aos inúmeros envolvidos.
Os bolsões se formam a partir de experiências trágicas envolvendo coletividades. A energia de baixa vibração, que é condensada durante um episódio desses, é de tal forma potente que repercute sobre os envolvidos por milênios.
Não apenas as pretensas vítimas sofrem as conseqüências da influência, mas também, e especialmente, os chamados algozes. Como sabemos não existem vítimas inocentes, por isso a relação dos envolvidos não é de culpado e inocente, mas de doentes internados em uma mesma enfermaria.
Ao prestarmos assistência a um necessi
tado vinculado a um acontecimento desse porte, temos a oportunidade de aliviarmos aquele sofredor, e a maioria dos inúmeros envolvidos na tragédia.
Os médiuns costumam perceber a origem do problema como uma cena de guerra, de imolações, de genocídio. A cena é acessada através do necessitado presente. Ela fica como uma realidade virtual vibrando em sua mente, e na dos outros partícipes da experiência.
A grande quantidade de envolvidos que mantêm vínculo de memória com o acontecimento é que o torna real em uma dimensão virtual. Quando os médiuns percebem a cena, muitos dos espíritos que ali aparecem estão encarnados, mas mantêm sua mente ainda vibrando em sintonia com aquela dor. Outros já estão libertos do vínculo de dor, são apenas formas pensamento na mente do necessitado que se culpa pelo desastre.
Outros espíritos, em estado de total demência, se mantêm fixados naquela realidade, repetindo sofrida e indefinidamente as cenas que os desequilibraram, ignorando que pertencem a um passado longínquo.
Ao abordarmos a realidad
e virtual através dos caminhos oferecidos por um dos partícipes, com a ajuda dos mentores, desfazemos a força das energias negativas que perpetuavam a estrutura emaranhada daquela realidade virtual aparentemente perene.
Os envolvidos, que se mantém conectados, em espírito, àquela realidade, são libertados e recolhidos a casas de tratamento no astral. As formas pensamento são desfeitas. A aceitação de um passado doloroso é obtida por vítimas e perpetradores, então aquela triste realidade virtual é transformada energeticamente em um estado ameno, pacífico e construtivo.
A manipulação e transformação das energias materiais oferecidas pelos médiuns é realizada pelos mentores, o que permite a construção de albergues, escolas, e hospitais aonde a força mental coletiva de um grupo de doentes mantinha construções etéreas de dor, sombra e desespero.

Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores;
ali haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 25:30

O ranger de dentes é trocado pela esperança e pela instrução. O amor é a fonte de energia poderosa que transforma a dor em evolução, a paciência em redenção e a dedicação em luz.
A técnica de abordagem dos bolsões se inicia com a proteção do grupo de trabalho mediúnico e o revestimento dos trabalhadores em energias protetoras, representadas simbolicamente por vestimentas especiais, que permitem o trabalho em desdobramento em regiões de baixíssima vibração.
O grupo de médiuns, assessorados pelos mentores, transitam pelos vales de sombras recolhendo os mais graves. Os desequilibrados são sedados com energias calmantes, em tons de azul claro, e sua vibração é transmutada, em qualidade, pela cor violeta.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte,
não temeria mal algum, porque tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me consolam.
Salmos 23:4
Após esse preparo energético os líderes rebeldes dos grupos de degredados são doutrinados, através de diversas técnicas que envolvem desde regressão de memória até progressão no espaço-tempo.
Na maioria das vezes os mentores prepararam caravanas de servidores do Cristo com as mais diversas especia
lidades, os caboclos que protegem os trabalhadores e cercam a área da excursão bendita. Os preto-velhos experientes em transmutação de energia, as Servas de Maria, enfermeiras caridosas.
O número de
entidades atendidas costuma ser contado entre centenas e milhares, por isso um complexo sistema de transporte é também previamente montado.
Os médiuns percebem apenas parte do processo, apenas aquilo que precisam para dirigir adequadamente o esforço mental de auxílio.
O conhecimento do processo
é de extrema importância, pois a energia doada conscientemente é mais potente e plástica do que aquela sem um propósito específico. A vontade e o amor do médium fortalecem exponencialmente a energia que ele doa de boa vontade.
Assim, quando as entidades todas foram recolhidas, passamos a transformar o ambiente inóspito em jardins, hospitais, albergues, escolas, conforme a orientação dos mentores repassada através da intuição dos médiuns.
E acontecerá que todo aquele que invocar
o nome do Senhor será salvo
Atos dos Apóstolos 2:21
A paz construída, em uma localidade habitada anteriormente por desespero e culpa, ressoa como bálsamo nas feridas ainda cruentas dos espíritos unidos por uma história de enganos caóticos. O que permite uma lenta, porém indubitável, recuperação dos doentes sob a assistência dos médicos do espaço nos Hospitais das Colônias Espirituais.


Giselle Fachetti Machado

17 agosto 2008

Animismo e Mediunidade em Crianças - Dr. Ricardo Di Bernardi

CONCEITO
Mediunidade em crianças, significa, que a criança tem percepção extra-sensorial isto é , capta, sente, e se inter-relaciona com outras dimensões; dimensões estas conhecidas pela designação de “mundo espiritual”.
Muitos consideram estas relações como meras fantasias infantis, mas, apesar destas fantasias existirem ( e são situações importantes para a criança e devem ser objeto de estudo do psicólogo e do pediatra), há também percepções espirituais claras, definidas, com diálogoslúcidos contendo informações comprovadamente desconhecidas pela criança, a serem confirmadas pelo estudioso.




LEMBRANÇAS DE VIDAS PASSADAS
Há crianças que se recordam, inclusive, de vidas passadas, conforme os milhares de casos documentados em inúmeras universidades. Em Virgínia, USA, por exemplo, Yan Stevenson, neuropsiquiatra, em seus arquivos, tem 2.000 crianças fichadas, com relatos bem detalhados. Tratam-se de crianças que informam muitas minúcias de vidas pretéritas, as quais são exaustivamente pesquisadas e, por fim, comprovadas. Tais informações compreendem a chamada Memória Extra-Cerebral (MEC), que não pertence ao cérebro, mas, sim, a uma outra estrutura energética (espiritual), da criança. São vivências que o espírito experienciou em vidas anteriores, gravadas nos seus corpos sutis, cujas vibrações extravazam para o consciente do infante.



FORMAS PENSAMENTO
Voltando às visões da criança, e excluindo-se as chamadas fantasias infantis, há situações em que a criança plasma determinada imagem (ideoplastia ou forma-pensamento), a qual é vitalizada com bioenergia (energia vital, fluido vital, prana). Exemplificativamente, se a criança crê, firmemente, no bicho-papão, e alguém sempre o descreve em detalhes, ela mentalmente criará a figura e alimentará esta forma-pensamento com sua energia dando-lhe vida aparente (transitória). Um médium vidente pode, facilmente, enxergar esta ideoplastia criada pela criança, decorrente de uma educação mal-orientada.


PERCEPÇÃO DE ESPÍRITOS
No entanto, existem muitas situações em que a criança, realmente, vê espíritos.
Nesta fase, isto é, até os 7 anos de idade (e, principalmente, até os 4), o infante tem seu corpo energético (espiritual) ainda não totalmente fixado ao corpo biológico. As “sobras” do corpo energético se constituem em janelas psíquicas, ou seja, aberturas para a percepção do campo espiritual. Algumas crianças, com a mielinização cerebral (amadurecimento dos neurônios), em idade um pouco mais avançada, “fecham” estas janelas psíquicas, fixando mais intensamente o perispírito e perdem esta facilidade de contato. Assim, não se deve falar, ainda, em mediunidade no sentido de mediunidade-tarefa propriamente dita.


SUGESTÕES DE CONDUTA
A mediunidade, bem explicada e bem conduzida, é idêntica à inteligência. Não é perigosa, a não ser se utilizada equivocadamente, incompreendida ou negada, etc. Em geral, diante de crianças que estejam enxergando espíritos, é recomendável:
1) Não negar ou afirmar que a criança NÃO ESTÁ VENDO. Ela (no caso) está vendo mesmo. Se negarmos, a criança acreditará que não é normal, ou está “pirada”;
2) Procurar identificar o nível ético da entidade extrafísica, por meio de perguntas (feitas à criança) sobre a conversa do espírito e avaliar as respostas;
3) Em se tratando de um ser de padrão ou grau evolutivo superior (“anjinho da guarda”), procurar estabelecer um diálogo fraterno, respeitoso porém atento com a entidade;
4) Em se tratando de um espírito sem a menor responsabilidade, mas sem intenções nocivas, procurar entrar em contato com o protetor espiritual do mesmo pedindo o seu afastamento, sem agressividade, com amor, e mentalmente solicitando o amparo dos nossos mentores espirituais;
5) Em se tratando de espíritos em situação de desequilíbrio mental, ou com intenções negativas, recomenda-se procurar um centro espírita, evitando-se, do contrário, certos trabalhos espirituais “pagos”, pois tais não são amparados por espíritos de luz;
6) Finalmente, ler e estudar o assunto, para inteirar-se das questões espirituais, a fim de fornecer explicações corretas às crianças.
Com isto, os resultados são muito bons, e estas crianças, cada vez mais sensitivas, acham-se mais abertas ao conhecimento e à espiritualidade superior.



Ricardo Di Bernardi é médico homeopata e presidente do ICEF- Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis - Sc